Ciclo de Escrita - Escrever para aprender

Texto informativo:

O golfinho

No 3.º período, desenvolveu-se um ciclo de escrita, que a partir função escrever para aprender, teve como finalidade o desenvolvimento da autonomia para a construção de um texto informativo sobre o golfinho.
Durante a planificação, no início deste ciclo de escrita, os alunos activaram os conhecimentos e revelaram as concepções alternativas individuais, que tinham sobre este animal, as quais registaram numa grelha (fig. 1).
Em seguida, leu-se o texto informativo “ Parece que é mas não é”, no qual se encontravam identificados conceitos relacionados com o assunto em estudo. Tornou-se então necessário acrescentar ao conhecimento prévio revelado nesta fase, mais informação para que a mesma, mais tarde, se pudesse, por sua vez, transformar em mais conhecimento.

A recolha de informação realizou-se a partir da realização de pesquisas, e de consultas. Mais tarde, tomaram-se notas para posterior utilização, seleccionou-se e organizou-se a informação, elaborando-se um esquema que projectava a organização do texto e dos seus parágrafos (fig.2).

Utilizou-se, ainda, um diagrama de Venn (fig.3) para o registo de semelhanças e diferenças existentes entre os golfinhos e os peixes, com o propósito desta informação ser incluída nos textos informativos dos alunos.






Durante a fase de textualização, utilizaram-se os instrumentos anteriormente mencionados (esquema e diagrama de Venn) onde se encontrava identificada e organizada a informação relativa a ideias importantes a incluir no texto informativo. Ideias que surgiram durante a planificação; geradas a partir da mobilização do conhecimento prévio dos alunos sobre o golfinho e da reformulação de concepções alternativas que revelaram acerca de questões como a classe de pertença deste animal.
Recolhidas as palavras relativas a categorias diversas, apareceram as expressões linguísticas, que organizadas em parágrafos e colocadas no ecrã (fig.4) começaram a constituir a primeira versão do texto informativo.









Mais tarde, na fase de revisão, avaliou-se o que foi escrito com recurso a uma grelha autocorrectiva (fig.6) tendo como objectivo melhorar o produto final.





Posteriormente e depois de cada aluno reler, apagar, substituir, acrescentar, corrigir e reformular a versão inicial, apresentaram-se as versões finais dos textos (fig.7).
A revisão constituiu um momento privilegiado de reflexão, por ocorrer entre a planificação, isto é, a altura em que se pensou sobre o que escrever e o momento da última revisão, pois permitiu recriar e vivenciar o caminho percorrido até alcançar o texto final.
A revisão encerra em si uma dimensão metadiscursiva porque permite explorar e reflectir os percursos percorridos. Constitui-se, assim, como um poderoso instrumento de aprendizagem que acima de tudo potencia o desenvolvimento das competências inerentes à capacidade de escrever diferentes tipos textuais, desenvolvendo também a autonomia e o gosto pela escrita por permitir uma mobilização e um envolvimento extraordinário por parte dos alunos.